O Baloiço...

Por vezes precisamos de esperar, aguardar pelo que o interior nos reserva, ansiar aquilo que para nós está reservado. A espera pode ser longa, ou então curta mas tão intensa que parece uma eternidade, as perguntas vão surgindo enquanto as respostas vão escasseando, a esperança permanece embora faça doer, o impensável torna-se cada vez mais real e tudo aquilo que pensamos ser impossível começa a estar aqui, bem presente e a fazer-se sentir.

É mais uma hora, mais um dia que passa, dias que contados formam semanas e sem dar por nós mesmos estamos meses agarrados a uma espécie de “sala de espera” no nosso interior a desfolhar “livros” de memórias passadas, que de tão recentes ser ainda estão marcadas no olhar, no mesmo olhar que chora por tanto te querer, por tanto te amar, por tanto precisar de ti e ver-te esvanecer por entre os dedos que nem grãos de areia...

É só mais um momento, só mais um tormento passado no pedaço de “Terra” que ainda resta no nosso Paraíso.

Só mais um momento, em que o baloiço vai e vem e assim perdura até que... vem, para e fica perto de mim, assim, sem deixar as palavras serem suficientes para descrever o quanto é forte... este nosso amor.

Amo-te, R.