Por vezes as palavras tendem em escassear para puder falar de ti, de mim, de nós e daquilo que somos juntos. Num daqueles longos abraços em que me envolveste hoje antes da despedida, senti-me tão pequenina ao pé de ti. Senti-me outra vez criança, quando com medo me enrolava no colo da minha mãe e podia cheirar-lhe a pele a alfazema, bastava ficar ali pertinho dela para que a tranquilidade voltasse, sabia que nada de mal me poderia acontecer enquanto estivesse com ela. Hoje senti esta mesma sensação naquele abraço, sinto que contigo estou em segurança, sinto que o cheiro da tua pele me pertence tanto quanto o meu a ti, mas sobretudo sinto a tranquilidade e doçura de um amor maduro, crescido e que se tornou tão forte a cada etapa ultrapassada.
Não existem medos enquanto permaneço no calor do teu abraço e para além dele fica a certeza que aquilo que nos une será sempre muito mais forte do que aquilo que alguma vez nos poderá separar. Sei disto muito bem. Ensinaste-me a cada momento a confiar em cada palavra, gesto ou acto teu. Deste-me segurança e prometes-te proteger-me, sempre.
Assim o fizeste, assim o fazes a cada dia que passamos juntos.
Tu fazes muito mais para além disto. Fazes tanto, tanto, tanto.
Fazes-me bem. Fazes-me feliz, como nunca antes haveria sido.
Dá-me sede
